sexta-feira, 2 de maio de 2014

Área de Negócio – Indústria do Mar Viveiros





VIVEMAR - viveiros

Introdução


A cidade de Matosinhos, tipicamente ligada à área do mar, está lentamente a rejuvenescer de uma série de falências empresariais e humanas. Pode-se encontrar já na orla marítima alguns edifícios construídos recentemente, que proporcionaram a abertura de espaços comerciais, nomeadamente no sector do vestuário (alguns estilistas conceituados no mercado), no sector alimentar (supermercados não só de grandes cadeias como também o retalho tradicional), no sector da decoração e bricolage. A área da restauração está bem desenvolvida, aliás, como sempre esteve, mas verifica-se agora, a abertura de espaços dirigidos a determinados segmentos, por exemplo, restaurantes Gourmet.
Sendo uma cidade de pesca e de muitos pescadores e vendedoras de peixe, esta actividade está a perder-se, devido à conjuntura económica, mas ainda o mercado municipal e a lota continuam a funcionar. Não esquecendo que, estes dois têm uma componente forte de revenda para as lojas tradicionais, uma vez que os armazéns que existiam de peixe congelado fecharam, mais uma vez, devido ao agravamento da situação de Portugal. A indústria conserveira implantada nos finais do século XIX, por D. Pedro, na época do liberalismo e, durante muitos anos movimentou a cidade e deu emprego a muitos habitantes.
Decidiu-se fazer um modelo e plano de negócios direccionado para os edifícios degradados (antigas fábricas de conservas), que ainda são alguns num raio de 2km.
Portugal tem que importar algumas espécies de peixe, o que equivale a 400 mil toneladas por ano, visto que temos preços altos de venda que o consumidor não suporta. Entre essas espécies: salmão, pescada, polvo, lulas, dourada e robalo.
Então com a degradação dos edifícios e com a necessidade de ter algumas espécies que são de viveiro, pode-se reduzir dívida ao estrangeiro e aumentar a produtividade do país.
Para isso, ao adquirir um dos espaços das antigas fábricas, implementava-se na zona norte do país uma inovação para o sector do mar.
Em parceria com a Camara Municipal de Matosinhos, procedia-se à divulgação do negócio, recrutava-se trabalhadores desempregados da área das pescas e, criavam-se assim postos de trabalho.
O objectivo deste plano de negócios é potenciar o sector, gerar rentabilidade para a empresa e para o país e, fazer de Matosinhos uma cidade inovadora e com infra-estruras diferentes das existentes.

                                      
Figura 1 – local da construção


I Problema
Portugal é obrigado a importar salmão, pescada, polvo, lulas, dourada e robalo, o que gera uma dívida a outros países sem haver necessidade, visto que existe uma frota de pesca portuguesa. Com a divisão da área piscatória, o país não consegue pescar essas espécies, nem sequer as tem em viveiros para poder consumir internamente. A par deste problema, há a cidade de Matosinhos com edifícios abandonados e vandalizados, derivado da falência das antigas fábricas.

II Segmento de Clientes
Este projecto é dirigido a investidores com forte apetência para o sector do mar e que gostem de iniciar negócios exclusivos. O tipo de cliente do negócio, é sem dúvida todos os que compram e vendem peixe, seja retalho tradicional ou a distribuição moderna. Também se pode incluir o consumidor final, aquele que geralmente se dirige a qualquer estabelecimento para comprar peixe (uma vez que, a empresa irá ter um balcão de atendimento ao público). Na análise do segmento de cliente, não se pode definir um intervalo de idades, contudo, os que irão comprar serão acima dos 30 anos.

III Proposta de Valor
É um segmento de mercado que não está explorado e nem sequer tem concorrentes. O facto de se criar viveiros em Portugal, para as espécies de peixe que temos de exportar, é uma mais valia, para os consumidores e para as empresas, porque o preço tem tendência a descer, já que não existe o transporte, etiquetagem nas fábricas com a língua portuguesa e todo o processo que exige a importação. Potencia em simultâneo a cidade, dá emprego a pessoas desempregadas ligadas ao mar e é possuidora de alta tecnologia.


IV Solução
Um dos edifícios da cidade de Matosinhos que estão degradados, próximos à praia, dará lugar a uma empresa que vai construir nesse espaço viveiros de: salmão, pescada, polvo, lulas, dourada e robalo. Para além de comportar uma dinâmica tecnológica (para analisar a temperatura da água e do ambiente; para detectar possíveis contaminações, etc) é necessário ter pessoas com habilitações de acordo com a área e, uma estrutura física atractiva (para chamar à atenção dos clientes finais), nomeadamente com a venda ao público.

V Canais
Um dos principais meios de comunicação será a Câmara Municipal de Matosinhos (CMM) que, através das suas publicações municipais, irá divulgar a empresa e informar quais as suas actuações no mercado. Juntamente nesta entidade, a empresa vai promover o seu negócio, através de congressos e workshops.
Um media a utilizar é sem dúvida a rádio. Como se sabe, os portugueses consomem muita rádio e, as rádios locais geralmente surtem mais efeito que as nacionais, por isso a empresa pretende utilizar rádios nacionais como: TSF; Antena 1; Comercial; RFM; Renascença, na fase do lançamento, duração de 2 meses sensivelmente. Como rádios locais: Rádio Clube de Matosinhos; Nostalgia; Placard, com a duração indeterminada, consoante o contrato com cada uma.
A internet sendo importante como é, obrigatoriamente a construção de um site é necessária, para apresentar a empresa, os seus objectivos, os seus produtos, estabelecer contactos e criar de certa maneira, uma carteira de clientes.
Durante três meses aproximadamente (dependerá do contrato com a agência de publicidade) a empresa irá comunicar através de Outdoors, na cidade de Matosinhos (pontos estratégicos), na entrada e saída de auto-estradas do Porto.

VI Estrutura dos Custos
Inicialmente  terá que haver um investimento na compra do espaço para implementar a fábrica. Pois se o m2 em Matosinhos é  767,42 €, e o terreno tem 4 mil m2, então o valor de compra será aproximadamente de 3 milhões de euros. Para os viveiros e compra de peixes mais 500 mil euros, para as máquinas que estão a controlar a água e todo o processo de vigilância dos viveiros, 300 mil euros. Os recursos humanos serão constituídos por:
1 – Director Geral/Presidente
1 – Gestor Comercial (compras e vendas)
2 – Secretárias (contabilidade; escritório, etc)
1 – Biólogo marinho
20 – trabalhadores (distribuídos no balcão de atendimento ao público; na manutenção dos viveiros; na pesca do peixe e embalamento). O serviço deverá ser assegurado 24 horas, devido à manutenção dos viveiros, por isso, os turnos de 8 horas será o mais indicado.
A aquisição de viaturas comerciais e de mercadorias será necessária e, isso envolve aproximadamente 100 mil euros.
A estrutura total dos custos para iniciar a empresa é de: 4 milhões de euros.

VII Fluxos de Receita
A contabilizar a venda ao balcão e a venda  para a grande distribuição e retalho, por encomenda, diariamente poderá entrar cerca de 100 mil euros em caixa. Poderá ser este valor nos primeiros seis meses, nos seguintes, as vendas poderão aumentar com a expansão para todo o país.

VIII Recursos Chave
Não existe concorrência. Mas para evitá-la poderá ser criado um departamento de atendimento telefónico, para efectuar encomendas e, um outro de entregas. Se um consumidor final já conhece o produto e não tem disponibilidade para se dirigir à empresa para comprar, liga o número xxxxxxxx, faz a encomenda e com hora marcada, vai uma pessoa entregar a casa o peixe.

XIX Riscos (unfair advantage)
Com a introdução em Portugal destas espécies, oriundas de outros países corre-se o risco de combater preço. Os preços muitas vezes estão desajustados do mercado, no entanto, com esta inovação deve-se ter em conta este factor preço, mas deve-se tentar ter mais argumentos, pois é produzido em Portugal e oferece-se diversos serviços. Nunca esquecendo que, não se pode vender ao preço de custo, ou com uma margem reduzida, pois posteriormente não gera na empresa rentabilidade e lucro. Achar um preço justo e tentar explicar a qualidade do produto.

Pesquisa de Mercado

Este plano de negócio foi apresentado a seis pessoas as quais são:

António Mendes, 60 anos, desempregado (pescador)
Disse que era importante uma empresa como esta para a cidade, não só por comercializar espécies que não são pescadas por Portugal, mas também para proporcionar postos de trabalho.
José Espirito Santo, 45 anos, trabalhador da lota de Matosinhos
Apesar de trabalhar na lota, disse que era necessário na cidade “sangue novo”, para originar fluxo no comércio e, se era para ir “buscar” pescadores desempregados, era de enaltecer, porque hoje em dia só querem pessoas formadas.
Inês Afonso, 30 anos, licenciada em Engenharia Química, 1 filho
Elogiou o projecto e acredita ter “pernas para andar”, acredita que vai ajudar pessoas que precisam de trabalhar e será para Portugal uma inovação, à qual deve reconhecer valor. Alertou para a despesa que a empresa irá ter em maquinaria.
Maria Castanheiro, 43 anos, funcionária do Pingo Doce
Toda a sua família é do peixe. Manifestou interesse em integrar um projecto como este, mesmo que seja por turnos.
David Novais, 38 anos, advogado
Disse que era um conceito diferente e inovador, que daria oportunidade à cidade, aos habitantes, ao país, mesmo sendo um investimento alto, é digno de concretização.
Ana Gomes, 40 anos, funcionária de pronto-a-vestir (Marisa Cruz)
Concluiu que este projecto seria uma maneira de levar mais clientes às lojas de retalho, em Matosinhos, não só pela comunicação, mas pela ideia arrojada.

As imagens que se seguem são propostas de locais em Matosinhos para a construção da empresa.

                                   
                                                 Figura 2 – local da construção

                                  
                                                 Figura 3 – local da construção

                                                     Figura 4 – Lean Canvas


Conclusão
Depois de uma pesquisa de mercado, foi unânime que o plano de negócio era uma excelente ideia.
Resolveu-se dar um nome à empresa – VIVEMAR, viveiros.
Este plano é viável e comporta algum investimento, mas comparativamente, não existe concorrência, logo é algo que é novo, embora haja alguns riscos, toda a infra-estrutura é compensada pelo feedback dos clientes que se propõe. É preciso saber comunicar a empresa, para isso vai-se utilizar os media mencionados, a CMM e todos os meios possíveis para fazer chegar o nome da empresa ao ouvido de um potencial consumidor.
O município também irá usufruir deste investimento, terá mais movimento na cidade, será uma cidade voltada para a inovação e reaproveitada. Já não haverá tanto desemprego, visto ser um dos objectivos, dar emprego aos que não têm.
Num prazo de cinco anos pretende-se cobrir o investimento feito, os quatro milhões, ter capital próprio e abrir num outro espaço devoluto, a área das conservas e pensar melhor na reprodução do atum. Será possível tê-lo em viveiro? É necessário equacionar possíveis situações, contabilizar os riscos e o investimento.












Bibliografia:
http://www.cm-matosinhos.pt/pages/305 [consultado em 9/12/2012]
http://m.publico.pt/Detail/1565975 [Consultado em 17/12/2012]

1 comentário:

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