INTRODUÇÃO
Ao desenvolver a
estratégia da marca de uma empresa tem de se pensar e executar a
longo prazo, a fim de realizar os objetivos de marketing. Este trabalho discute as estratégias possíveis, os valores, a personalidade,
o consumidor, a relação consumidor-marca e o posicionamento da marca Continente Gourmet.
Em sequência do trabalho anterior (análise e diagnóstico da
marca), verificou-se que a marca Continente Gourmet tem de facto um propósito
seu mercado, acrescentar valor e posicionar-se face aos concorrentes do seu
segmento.
Sendo o Continente uma marca, que vende inúmeras marcas, até as
de marca própria, com as respectivas divisões nos lineares, sentiu-se a
necessidade de destacar a categoria Gourmet, com a implementação de espaços
próprios, nas cidades do Porto, Braga e Guimarães, no próximo ano 2014.
A marca Continente Gourmet destaca-se no segmento gourmet pela
qualidade dos produtos (essencial para o seu consumidor) e aliado a isso tem a
vertente preço, que de facto se destaca dos demais concorrentes, tal como foi
referido na análise da marca: “São produtos de qualidade a um preço mais
acessível. Não são de primeiro preço, mas atendendo ao segmento e, com a marca
Continente são mais competitivos que as outras marcas gourmet. Para além da
secção gourmet, que representa 80% da loja, também outras marcas estão
presentes, como por exemplo o azeito Gallo, o azeite Oliveira da Serra,
chocolates Arcádia, vinho Alvarinho, vinho Quinta do Paços, entre outras. O
consumidor tem acesso a produtos de qualidade e portugueses e, não encontra em
qualquer loja de retalho, que se possa considerar concorrência.”
É
necessário assim, definir a estratégia de marketing a utilizar, o
posicionamento e traçar na mente do consumidor a personalidade da marca.
CAPÍTULO
I – ESTRATÉGIA DE MARKETING
1. A
Estratégia de Marketing
Ao
conjunto de meios de acção “utilizados
para atingir certos objectivos” dá-se o nome de estratégia que é sempre
direcionada contra certos adversários ou concorrentes. A combinação dos
diferentes meios tem sempre como objectivo, alcançar o mercado concorrencial e
competir com os diversos intervenientes no processo.
(Lindon et al., 2011 p.434)
Existem várias estratégias que uma empresa ou marca pode seguir quando concorrem para uma maior quota de mercado. Essas estratégias são subdivididas nas opções estratégicas de base, estratégias de crescimento e estratégias concorrenciais.
De acordo com Michael E. Porter as empresas que seguem a mesma estratégia fazem parte de um grupo estratégico e, aquelas que tentam seguir várias estratégias geralmente não têm o mesmo sucesso, porque elas querem ser líderes a todos os níveis.
De acordo com Michael E. Porter as empresas que seguem a mesma estratégia fazem parte de um grupo estratégico e, aquelas que tentam seguir várias estratégias geralmente não têm o mesmo sucesso, porque elas querem ser líderes a todos os níveis.
1.1 – Definição das opções Estratégicas de Base
As opções estratégicas de base para uma marca são de liderança de custo,
diferenciação e especialização.
Uma estratégia de marketing para se iniciar,
geralmente baseia-se nos pressupostos que Michael E. Porter aborda sobre as
decisões que uma empresa deve tomar, ou seja, em diferentes estratégias para
serem vistas como vantagem em relação aos concorrentes, produto, preço,
comunicação.
A estratégia
de dominar os custos, sendo dirigida para o consumidor no geral e para
todos os sectores de actividade, significa a posição que uma empresa assume
como produtor de baixo custo, sendo o seu preço inferior ao dos seus
concorrentes, mesmo cobrindo vários segmentos ou categorias de produto. Muitas
das vezes, o facto de uma empresa ter este tipo de estratégia é rentável e gera
capital além do esperado, porque também a concorrência faz com que seja
intensificada a sua presença no mercado, no entanto, não quer dizer que seja
líder no produto ou serviço, mas pode ser líder no que respeita a custos. Nesta
estratégia, a empresa é líder no custo e não no posicionamento.
Quando uma empresa se destaca nos seus
consumidores, no mercado, com uma oferta diferente dos demais concorrentes é a estratégia
de diferenciação. Esta diferença que marca a empresa pode ser resultante
dos atributos e características do produto; da oferta ser única e mais
vantajosa do que os concorrentes; de uma oportunidade única de mercado, em que
a empresa é capaz de responder (consumos específicos) e, responder às
necessidades do seu público-alvo.
A estratégia da diferenciação é atribuída às
marcas premium, ao contrário da
estratégia anterior, esta traduz-se em margens elevadas e volumes baixos. Pois
a oferta é diferente dos demais concorrentes e pode ser destacada pelas
características do produto; atributos do produto; notoriedade da marca;
comunicação do produto; canais de distribuição.
Quando os esforços de uma empresa são
concentrados num determinado segmento do mercado, chama-se estratégia de
concentração. Ao selecionar um segmento em particular no seu sector,
adapta-se e molda-se para satisfazer as necessidades do consumidor, não
significa que ao adoptar esta estratégia de concentração possua competitividade
em relação à concorrência. Esta estratégia implica uma diferenciação no mercado
e também agressividade no preço praticado.
As estratégias a serem implementadas e
utilizadas pelas lojas Continente Gourmet, são as três que acima foram
descritas: domínio pelos custos, diferenciação e concentração.
Como as lojas pretendem chegar ao maior
número de consumidores, bem como a vários perfis e, um dos apelos é vender a
marca a preços mais baixos que outras marcas têm no mercado, sendo possuidora
de qualidade. Assim pratica-se a estratégia de domínio pelos custos.
Como se
pretende que o consumidor considere que os produtos Continente Gourmet sejam
únicos, isto é, que consiga distinguir dos da concorrência, pratica-se aqui a
estratégia de diferenciação. Como são produtos gourmet com um preço acessível,
o objectivo é que o consumidor tenha acesso a um segmento (que não tinha, por
hipótese do preço) de qualidade, para poder degustar e confeccionar refeições
com produtos de mais qualidade e inexistentes nos lineares dos concorrentes.
A estratégia
de concentração é utilizada, mesmo embora se pretenda atingir diversos
consumidores, porque se tem como objectivo principal chegar ao consumidor
gourmet, que é exigente nos alimentos e produtos que utiliza, com um nível de
qualidade elevado, mas que procura um preço mais acessível do que já existe no
mercado.
1.2 Definição
das Estratégias de Crescimento
Crescer no mercado
é o objectivo de todas as empresas independentemente do sector de actividade.
No entanto, é útil delinear todas as estratégias de marketing, de modo a que a
empresa saiba com o que contar do mercado, da concorrência e do seu
público-alvo.
Nas lojas
Continente Gourmet, o tipo de produtos a serem vendidos são de qualidade, com
um preço inferior à concorrência e, o consumidor pode adquiri-los num espaço
diferente, com serviços personalizados e com um linear diversificado para
responder às suas necessidades. Assim, tendo por base estes atributos da marca
que se vai implementar nas três cidades, pretende-se ter um crescimento intensivo através da exploração de novos mercados. Esta
estratégia visa a expansão da marca inicialmente em três cidades: Porto, Braga
e Guimarães e, posteriormente noutras cidades do país mais a centro e sul. Como
já foi referido, os produtos gourmet e produtos de algumas marcas com
notoriedade no mercado, vendidos nas lojas não são de primeiro preço, são
médios-altos, de acordo com a qualidade e a gama oferecida.
O objectivo é
chegar mais próximo do consumidor, com a vasta oferta de serviços e produtos,
que as superfícies comerciais que comercializam a marca actualmente não têm.
Com a proximidade
dos concorrentes já estudados (Casa Januário; Cantinho Gourmet e Sto António
Conservas e cia), a exploração de um novo mercado é de facto o que se pretende
alcançar, visto terem à venda produtos específicos para o seu consumidor, mas
não têm o que as lojas Continente Gourmet vão ter para venda. E assim, o cliente
desses concorrentes pode procurar nas lojas Continente Gourmet produtos que não
encontra onde habitualmente se dirige e, por isso a diferença entre os outros.
1.3 Definição
das Estratégias Concorrenciais
Quando é definida
uma estratégia de marketing é obrigatório saber qual a posição que se pretende
ocupar, nunca se pode fazer uma estratégia sem ter como propósito um
posicionamento, há que haver sempre objectivos e metas a atingir.
(Lindon et al., 2011 p.452)
Uma marca no mínimo tem cinco posições que poderá ocupar: líder único; co-líder; challenger; seguidor e especialista.
Raras são as empresas líderes de mercado, mesmo assim, existem
algumas, consoante o segmento da marca ou produto que oferecem. Inevitavelmente
ser líder único é ter uma quota de
mercado, superior à dos seus concorrentes e é quase sempre o objectivo das
empresas, mas muitas vezes não é possível devido a muitos factores internos e
externos da marca, bem como está relacionado com os custos do produto.
Ser co-líder é
partilhar com outras marcas quase a totalidade do mercado, ou seja, quando duas
ou mais marcas assumem a liderança, aspirando a serem líderes únicos. Em alguns
casos, é uma estratégia entre marcas, para não permitir a ascensão ou a
introdução de outras.
Uma empresa que procura estar ao mesmo nível do líder, que ocupa
a segunda posição no mercado, designa-se por challenger. Sabe que não
possui atributos no seu produto para chegar a líder, mas combate sempre com
todos os seus meios para chegar a essa posição e tem como ambição ser o número
um. Quando o líder lança um produto que vai uma quota de mercado substancial, o
challenger, de imediato enfrenta esse desafio com um novo produto para não
perder o seu posicionamento enquanto marca, mas também para atingir um
determinado objectivo de combate, que é chegar a líder. Não quer dizer que
consigam, mas estão sempre a acompanhar o posicionamento e o lançamento de
novas linhas de produto.
O seguidor mantém uma
posição secundária, desde que seja rentável para a dinâmica da empresa e
satisfatória ao nível do negócio. Em relação ao líder e ao challenger, a sua
quota de mercado é inferior e, as suas decisões são sempre em função do que o
líder faz, implementa e divulga.
Ocupar um determinado segmento (nicho de mercado) que não é
ocupado pelas outras marcas concorrentes, mas de modo a que a marca obtenha
alguma rentabilidade na sua posição, é chamada de especialista. Acontece quando uma marca, mesmo que não esteja nos
três ou quatro primeiros lugares do mercado, tem um produto que os outros não
têm e, isso significa que soube perceber as necessidades do consumidor face
àquele produto e pode em algumas situações ser estrategicamente rentável a
nível de custos de distribuição, ocupar esta posição. Apenas adequou o seu produto
às necessidades do mercado e soube explorar.
Analisando estas definições, pode-se dizer que as lojas
Continente Gourmet vão ocupar duas posições: a de especialista e a de challenger, tendo sempre como meta a
atingir ser líder.
Em relação à posição de especialista,
as lojas Continente Gourmet distinguem-se pela variedade dos produtos, pela
qualidade, por exclusividade no caso de alguns e, tudo isto sustentado num
espaço comercial apenas destinado para os consumidores deste segmento, o que
irá diferenciar a marca dos concorrentes mais próximos geograficamente (já
identificados). A proximidade física da concorrência pode ser vista como uma
vantagem para a marca, já que o público-alvo consome produtos de elevada
qualidade que não existem na concorrência, despendendo de pouco dinheiro e
tempo. Alguns produtos podem ser considerados nichos de mercado, o que faz da
marca especialista.
Com o objectivo de praticar preços mais acessíveis dentro deste
segmento que é o gourmet, pretende-se competir com a concorrência, praticando
ainda preços mais baixos, o que acaba por ser um desafio para todos os
concorrentes destes mercado e essencialmente para o líder, Como challenger,
as lojas Continente Gourmet proporcionam ao consumidor produtos com qualidade a
preços mais acessíveis, competindo directamente com a concorrência, tendo em
vista a liderança
(Lindon et al., 2011 p.453)
CAPÍTULO II PLATAFORMA ESTRATÉGICA DA MARCA
2. A
Marca
A marca é um importante elo de ligação entre
a própria empresa e o consumidor.
Uma vez que cada consumidor representa certos valores na sua vida, o relacionamento
com uma marca pode ser aprofundado
se a própria marca representar valores específicos. Tudo isto tem mudado devido a três factores:
globalização, aparecimento da internet nos agregados familiares e o fenómeno
mundial low-cost.
(Lendrevie
et al., 2010 p.138)
A
gestão da marca é fundamental para a estratégia do produto, por esse motivo a
American Marketing Association “define
marca como um nome, termo, signo, símbolo ou desenho (…) ou a combinação desses
elementos – que deve identificar os bens e serviços de uma empresa ou grupo de
empresas e diferenciá-los dos da concorrência.” A marca acaba por ser a
promessa da empresa de oferecer ao mercado um conjunto de serviços. Para Philip
Kotler a marca pode transmitir seis níveis de significado: atributos;
benefícios; valores; cultura; personalidade e usuário.
Os
atributos da marca significam o que o consumidor associa à marca, ou seja, as
características estéticas e funcionais do produto.
Os
benefícios devem ser funcionais e emocionais, pode-se considerar o resultado
esperado pelo uso do produto.
Os
valores relacionados com a marca, revelam a imagem da empresa, são geralmente
reconhecidos, identificados e valorizados pelo consumidor.
Quando
Kotler se refere à cultura, significa que a marca pode representar uma
determinada cultura, por exemplo, uma marca premium
representa uma determinada classe social.
A marca
pode transmitir determinada personalidade, através da publicidade, como a
autonomia, a independência, a audácia, o risco. A marca tem como objectivo
atrair o público, onde a auto imagem real ou projectada, encaixa-se na imagem
percebida da marca.
(Kotler, 2005
p.235)
2.1 Benefícios
Emocionais e Racionais da Marca
A razão pela qual
um consumidor compra uma determinada
marca é porque esta marca se harmoniza com os seus valores pessoais.
Por isso, é importante conhecer os
valores do público-alvo, a fim de ajustar
ou modificar os valores que a
marca incorpora.
Segundo o estudo de Roland Berger, podemos identificar as dimensões do
consumo, 19 valores, desejos e aspirações do consumidor, que por sua vez estes
valores são pontos de referência para a estratégia da marca. De uma forma
directa ou indirecta, estes valores constituem benefícios racionais ou
emocionais oferecidos aos consumidores.
Fig. 1 – Matriz Roland Berger
Os valores de carácter mais emocional
e os de carácter mais racional dividem-se em aspectos que levam o consumidor a
ter uma maior ou menos consumo.
De acordo com este estudo, as lojas Continente Gourmet
apresentam o seguinte enquadramento:
Fig.
2 – Enquadramento das marca
As lojas Continente Gourmet destacam-se a nível racional pela qualidade-preço e pela eficácia; a nível emocional destacam-se pelas
origens, vida saudável e sofisticação, como se poderá ver na figura 2.
1.2 Personalidade
da Marca
O conceito da
personalidade de uma marca é
baseada na inspiração de ver
a marca como uma pessoa,
adicionando vida e estilo para a marca. Para atrair o consumidor, a marca deve ser clara e
objectiva, para que o mesmo se reveja nela, que crie uma associação de
identidade, que crie laços, que valorize os produtos e ou serviços. A criação
do vínculo consumidor/marca/consumidor faz com que o posicionamento pretendido
pela empresa possa ser alcançado, insistindo numa presença assídua na mente do
consumidor, destacando-se da concorrência, para que seja estabelecida a
fidelidade à marca.
A personalidade da marca Continente Gourmet assenta nas
seguintes dimensões: competente; sincera e sofisticada.
Na dimensão de competente,
pretende-se prestar um excelente serviço, para que o consumidor se sinta
confortável, satisfeito e esclarecido nas suas dúvidas (através de funcionários
bem formados no segmento), com o objectivo de estabelecer o elo de fidelização
e satisfação com o produto e com a marca.
Em relação à dimensão sincera,
as lojas pretendem estabelecer uma relação com o seu cliente através da
sinceridade, parceria e ajuda. As lojas têm como finalidade esclarecer o
consumidor mediante as suas questões e ajudá-lo a escolher o produto que
satisfaz as suas necessidades, desejos e com a vasta gama de produtos,
direccioná-lo para um tipo de produtos que encaixa no seu perfil, mas que nunca
experimentou.
Sendo lojas destinadas à sofisticação do espaço, dos produtos
(requintados e inexistentes na concorrência) e do atendimento, o seu consumidor
é também selectivo na sua escolha, sendo muito específico no acto da compra.
Em seguida, verifica-se o peso que cada uma destas dimensões
acima descritas têm nas lojas Continente Gourmet. A maior percentagem que se
atribui é à sinceridade que se pretende estabelecer com o consumidor; de
seguida a competência quer da marca, quer dos funcionários é de extrema
importância, a sofisticação apenas é tida em conta aqui, no sentido de inovação
do conceito.
1.2 – Perfil do Consumidor e a sua Relação com a Marca
1.2.1 Perfil
do Consumidor
Características
|
Perfil do Consumidor
|
Idade
|
Dos
30 aos 70 anos
|
Género
|
Feminino
e masculino
|
Classe
Social
|
Média-alta
|
Estilo
de Vida
|
- Cargos médios-altos:
empresários; gestores; advogados; juízes; executivos; professores; reformados
- Consumidores
preocupados com a saúde e com a qualidade dos alimentos; praticam desporto;
apreciadores de boa cozinha (comem em menos quantidade, mas comem mais
qualidade)
|
Hábitos
e momentos de utilização
|
Pode ser um hábito frequente;
convívio entre amigos; experimentação; momentos especiais e de lazer
|
Consumo
de media
|
Televisão, Internet, Imprensa do
sector
|
Fig. 3 – Perfil do Consumidor
Neste
sector temos os consumidores na realidade e os compradores, que são aqueles que
efectuam a compra, não quer dizer que consumam os produtos.
O
público-alvo são também os jovens, as pessoas de meia idade e até os idosos,
que partilham todos uma preocupação: uma alimentação saudável. Os jovens (entre
os 30 e 40 anos) procuram experiências diferentes no seu dia-a-dia, gostam de
degustar alimentos novos e têm consciência de que os produtos que estas lojas
oferecem, não encontram noutras e por sua vez também o serviço. O consumidor de
meia idade prefere saborear produtos de qualidade, sabe que paga mais, mas tem
confiança na compra e um serviço personalizado. Não se importa de pagar mais e
estar satisfeito com a compra. E são estes consumidores que muitas vezes
influenciam o perfil anterior, os jovens, a deslocarem-se às lojas tradicionais
para terem acesso a produtos de maior qualidade e que não se vendem em qualquer
superfície comercial. Os idosos estão também incluídos no target destas lojas.
Geralmente são clientes já muito antigos, que são fiéis às lojas e sabem que o
serviço e os produtos correspondem às expectativas. Sabem que podem pagar mais,
mas ao mesmo tempo não perdem tempo a procurar o que querem, porque por exemplo
o funcionário já sabe. E também são um target que privilegia a qualidade e tem
muita preocupação na sua alimentação, por isso ter que se levar em linha de
conta os idosos.
1.2.2 Relação
com a Marca
Basicamente, um relacionamento
é baseado na repetição das trocas entre as duas partes, que se conhecem. É preciso que haja evidência de interdependências, como afecto, definição e
redefinição da relação. Além de
uma relação unicamente humana, também pode haver uma relação entre um consumidor e uma marca, especialmente quando a marca é humanizada, com
a ajuda das características da marca.
Normalmente, a relação
cliente-marca é baseada em ambos os aspectos emocionais ou funcionais. Existem cinco possíveis relações entre a marca e o consumidor: funcionalidade, prazer, projecção, admiração e altruísmo.
No caso do consumidor das lojas Continente Gourmet, há uma
relação hedónica, isto é, o consumidor encontra essencialmente o prazer na
utilização individual ou social da marca. Mesmo assim, no seguimento da relação
hedónica com as lojas Continente Gourmet, o consumidor insere-se nos seguintes
tipos de relações: prazer (o
consumidor tem prazer em usar a marca Continente Gourmet, disfrutando de
momento especiais e únicos); projecção
(interessa ao consumidor o que os outros pensam quando consome a marca, podendo
transmitir a ideia de pertencer a uma determinada classe social) e, funcionalidade (o consumidor pode
beneficiar de determinadas condições ao ser cliente Continente Gourmet, que lhe
pode trazer vantagens).
1.2 Mapa da
Marca
Quando se trata de posicionamento
da marca a empresa precisa definir
a sua identidade de marca e conhecer
a sua imagem de marca. Basicamente diferem na perspectiva para a marca: a
identidade da marca é a visão da
marca a partir da perspectiva da
empresa; enquanto que, a imagem de marca é a visão da marca pelo
consumidor. A identidade da marca pode ser estabelecida através do composto de marketing. É importante que
através da marca, a identidade do
personagem distinto e individual da marca é mostrado. A
imagem de marca é um conjunto de associações realizadas na
mente do consumidor. Estas
associações podem ser recebidas a partir de muitas fontes diferentes, e pode ser memorizada por
um longo tempo. A identidade da marca e da imagem da marca não
necessariamente contêm os mesmos benefícios
ou atributos, desde a percepção do
consumidor até às percepções da
empresa. Também uma única acção
da empresa pode influenciar a percepção do consumidor.
A declaração de posicionamento é uma única frase, que inclui a imagem de marca a identidade da marca ao mesmo tempo. A declaração de posicionamento das lojas Continent Gourmet é:
A declaração de posicionamento é uma única frase, que inclui a imagem de marca a identidade da marca ao mesmo tempo. A declaração de posicionamento das lojas Continent Gourmet é:
“ Para um consumidor exigente, produtos gourmet a preços acessíveis.”
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